Photo: Pixabay

The Brazilian Central Bank (BC) reduced its projection for economic growth in 2021. The estimate for the expansion of the Gross Domestic Product (GDP) went from 4.7% to 4.4%. The information is in the Inflation Report, a quarterly publication of the BC, released yesterday (16), in Brasília.

According to the agency, “negative surprises” in recently released data, new increases in inflation partially associated with supply shocks and an increase in the fiscal risk, of control of public accounts, worsen the growth forecasts for 2021 and, in particular, for 2022. For next year, the GDP estimate was reduced from 2.1% to 1%.

Third-quarter GDP and some of the main monthly indicators of economic activity generally turned in worse results than expected at the time of the previous report, released in September. “Corroborating the less favorable evolution of activity, business and consumer confidence indicators, which are particularly relevant to understanding activity throughout the current quarter, have retreated in recent months,” said the BC.

In the third quarter of this year, GDP dropped 0.1%, according to the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). In 12 months, ended in September, the indicator accumulates high of 3.9%. “Thus, the lower-than-expected result in the third quarter and the worsening in the forecasts for the fourth reduce the growth projection for 2021 and the statistical load for 2022”, explained the BC.

In the short term, supply shocks continue to influence prices and negatively affect activity and consumption. According to the Central Bank, the limitations on the availability of inputs in certain production chains should last longer than previously expected. “Therefore, the expectation of positive effects that the normalization, even if gradual, of the industrial inputs chain may have on growth is postponed over time,” says the report.

In addition, recent questions regarding the fiscal framework, of increased public spending, have already translated into an increase in risk premiums (relationship between risk and investment returns). For BC, this impacts current financial conditions and, consequently, current and future economic activity.

In this context, last week, the BC’s Monetary Policy Committee (Copom) raised the basic interest rate, the Selic, from 7.75% to 9.25% per year.

Another risk presented by the Central Bank is the evolution of the covid-19 pandemic. Despite the favorable trajectory in Brazil, with continued vaccination, the increase in cases is noteworthy even in European countries with high vaccination rates and the recent detection of a new variant of concern, Omicron. “These recent events indicate an increased risk of a slowdown in world economic activity, with consequences for the Brazilian economy, and even a reversal of the benign trajectory of the sanitary crisis in Brazil”, stressed the BC report.

Source: Agência Brasil

Brasil: BC reduz previsão de crescimento da economia de 4,7% para 4,4% em 2021

O Banco Central (BC) reduziu a projeção para o crescimento da economia em 2021. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 4,7% para 4,4%. A informação está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado ontem (16), em Brasília.

Segundo o órgão, “surpresas negativas” em dados recentemente divulgados, novas elevações da inflação parcialmente associadas a choques de oferta e aumento no risco fiscal, de controle das contas públicas, pioram os prognósticos de crescimento para 2021 e, em especial, para 2022. Para o ano que vem, a estimativa do PIB foi reduzida de 2,1% para 1%.

O PIB do terceiro trimestre e alguns dos principais indicadores mensais de atividade econômica apresentaram, de modo geral, resultados piores do que os esperados à época do relatório anterior, divulgado em setembro. “Corroborando a evolução menos favorável da atividade, os indicadores de confiança de empresários e consumidores, particularmente relevantes para entender a atividade ao longo do trimestre corrente, recuaram nos últimos meses”, disse o BC.

No terceiro trimestre deste ano, o PIB recuou 0,1%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, encerrados em setembro, o indicador acumula alta de 3,9%. “Dessa forma, o resultado abaixo do esperado no terceiro trimestre e a piora nos prognósticos para o quarto reduzem a projeção de crescimento para 2021 e o carregamento estatístico para 2022”, explicou o BC.

No curto prazo, os choques de oferta continuam influenciando os preços e afetando negativamente a atividade e o consumo. Segundo o Banco Central, as limitações na disponibilidade de insumos em determinadas cadeias produtivas devem perdurar por mais tempo do que se esperava anteriormente. “Portanto, posterga-se no tempo a expectativa de efeitos positivos que a normalização, mesmo que gradual, da cadeia de insumos industriais possa ter sobre o crescimento”, afirma o relatório.

Além disso, os recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal, de aumento dos gastos públicos, já se traduzem em elevação de prêmios de risco (relação entre risco e rendimentos de investimentos). Para o BC, isso impacta as condições financeiras atuais e, consequentemente, a atividade econômica corrente e futura.

Nesse contexto, na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 7,75% para 9,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista da política monetária.

Outro risco apresentado pelo Banco Central é a própria evolução da pandemia de covid-19. Apesar da trajetória favorável no Brasil, com a continuidade da vacinação, chama atenção o aumento de casos mesmo em países da Europa com vacinação elevada e a recente detecção de nova variante de preocupação, a Ômicron. “Esses eventos recentes indicam aumento do risco de desaceleração da atividade econômica mundial, com reflexos na economia brasileira, e até mesmo de reversão da trajetória benigna da crise sanitária no Brasil”, frisou o relatório do BC.

Fonte: Agência Brasil