Brazilian exports are expected to reach US$ 262.379 billion next year, which will represent a drop of 4.7% compared to the US$ 275.316 billion estimated for 2021. Imports, however, may grow by 4.5% compared to US$ 218.094 billion projected for this year, reaching US$ 227.855 billion. The forecast, released yesterday (8) by the Brazilian Foreign Trade Association (AEB) for the trade balance next year, indicates that the surplus could reach US$ 34.524 billion, down 39.7% from the US$ 57.222 billion estimated for 2021.
According to the AEB, the increase in imports and the fall in exports will cause a negative contribution from foreign trade in the calculation of the Gross Domestic Product in 2022.
In addition to the uncertain internal scenario with the upcoming elections, the main factor affecting the Brazilian trade balance will be commodities (primary products with international prices), whose prices are very high, but without support for this, said the executive president of the AEB , José Augusto de Castro, to Agência Brasil. “Commodity prices are likely to fall in 2022,” he said.
Oil and iron ore prices, for example, are already falling, and the projection is that, next year, they will decrease by 18.5% and 34.1%, respectively. As for soybeans, whose price is forecast to increase around 11.8% in 2022, Castro warned that “the trend is for something to fall.” Together, soy, oil and iron ore should account for 37.5% of total exports, which means a retraction compared to the estimate for 2021 (40.7%). According to the AEB, soybeans should be the leading national product in the export basket, with US$ 45 billion, which will represent a new record.
Imports
Imports, on the other hand, continue to grow, due to the lack of components, containers and ships, which forces companies to buy abroad. As a result, many products have had a significant increase in prices and quantum (quantity) in imports. One of them is natural gas, which increased 98% in quantity and 88% in price. Fertilizers (22% in volume and 48% in price) and medicines (15% in quantity and 52% in price) also had significant increases.
For José Augusto de Castro, the exchange rate will have no effect on the trade balance, because the country has already got used to it at a high level. “Theoretically, it would have some effect on the export of manufactured goods, but, in practice, we see that the Brazil cost is very high, and the exchange rate is not enough to offset this factor.”
In imports, where the high exchange rate could act as a barrier, Castro explained that, without the production of various goods in the domestic market, “companies are forced to import or close”.
Commodities
Brazil remains too reliant in commodities, said Castro, noting that the country’s 15 main export products are commodities. For the executive president of the AEB, it will still take a long time for manufactured products to take the lead in Brazilian foreign trade. “Without reforms, it is unable to export manufactured goods”, emphasized Castro. He highlighted the need for tax reform, saying that without it, the country will continue to export tax costs. “This makes exports unfeasible. In the short term, I can’t see anything for the export of manufactured goods”.
Castro recalled that, in 2000, 59% of Brazil’s exports were manufactured products, with greater added value, and that today there are only 26%. “This difference means jobs that are no longer generated internally and an increase in imports. Because when we stop producing here, it starts to matter.”
Source: Agência Brasil
Brasil: AEB projeta queda das exportações e do superávit da balança em 2022
As exportações brasileiras deverão atingir no próximo ano US$ 262,379 bilhões, o que representará queda de 4,7% em relação aos US$ 275,316 bilhões estimados para 2021. As importações, porém, poderão crescer 4,5% ante os US$ 218,094 bilhões projetados para este ano, atingindo US$ 227,855 bilhões. A previsão, divulgada ontem (8) pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) para a balança comercial no próximo ano, indica que o superávit poderá alcançar US$ 34,524 bilhões, com queda de 39,7% em relação aos US$ 57,222 bilhões estimados para 2021.
De acordo com a AEB, o aumento das importações e a queda das exportações provocarão contribuição negativa do comércio exterior no cálculo do Produto Interno Bruto de 2022.
Além do cenário interno de indefinição com a proximidade das eleições, o principal fator a afetar a balança comercial brasileira serão as commodities (produtos primários com cotação internacional), cujos preços estão muito elevados, mas sem sustentação para isso, disse o presidente executivo da AEB, José Augusto de Castro, à Agência Brasil. “Os preços das commodities devem cair em 2022”, afirmou.
Os preços do petróleo e do minério de ferro, por exemplo, já estão caindo, e a projeção é que, no próximo ano,tenham redução de 18,5% e 34,1%, respectivamente. Quanto à soja em grão, cuja previsão é de expansão do preço em torno de 11,8% em 2022, Castro alertou que “a tendência é que caia alguma coisa”. Juntos, soja, petróleo e minério de ferro deverão responder por 37,5% das exportações totais, o que significa retração se comparado ao estimado para 2021 (40,7%). Segundo a AEB, a soja deverá ser o produto líder nacional da pauta de exportação, com US$ 45 bilhões, o que representará novo recorde.
Importações
Já as importações continuam crescendo, devido à falta de componentes, contêineres e navios, o que obriga as empresas a comprar no exterior. Com isso, muitos produtos têm tido aumento de preços e quantum (quantidade) significativo nas importações. Um deles é o gás natural, que aumentou 98% em quantidade e 88% em preço. Também tiveram altas expressivas adubos (22% em volume e 48% em preço) e medicamentos (15% em quantidade e 52% em preço).
Para José Augusto de Castro, o câmbio não terá efeito algum sobre a balança comercial, porque o país já se acostumou com ele em patamar elevado. “Teoricamente, teria algum efeito sobre a exportação de manufaturados, mas, na prática, a gente vê que o custo Brasil é muito elevado, e o câmbio não é suficiente para compensar esse fator”.
Na importação, onde o câmbio alto poderia funcionar como um fator de barreira, Castro explicou que, sem produção de diversas mercadorias no mercado doméstico, “as empresas são obrigadas a importar ou fechar”.
Refém de commodities
O Brasil continua refém das commodities, disse Castro, ao destacar que os 15 principais produtos de exportação do país são commodities. Para o presidente executivo da AEB, ainda vai demorar muito tempo para que os manufaturados assumam a liderança no comércio externo brasileiro. “Sem reformas, não tem condições de exportar manufaturados”, enfatizou Castro. Ele ressaltou a necessidade da reforma tributária, dizendo que, sem ela, o país continuará a exportar custos tributários. “Isso inviabiliza as exportações. A curto prazo, não consigo enxergar nada para a exportação de manufaturados”.
Castro lembrou que, no ano 2000, 59% das exportações do Brasil eram produtos manufaturados, de maior valor agregado, e que hoje são apenas 26%. “Essa diferença significa empregos que deixaram de ser gerados internamente e aumento de importação. Porque quando a gente deixa de produzir aqui, passa a importar.”
Fonte: Agência Brasil